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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Alguém me compreende?

Andando no meu Jabaquara de 60 anos, marco encontros comigodeixo depositado nas calçadas, a fuga que dos pés caminham delirantes. Segue numa conversa sem juízo de homem que faz palestras iniquáveis com razões que noutros tempos foram reais. 
Sabe-se que cada um manifesta em seu raciocínio uma fonte inesgotável de perguntas, narrativas e enfim, sim, trazemos nestes vagos minutos os pastos e alguns minguados milhos. 
Quem nos vê, logo pensa que estamos procurando o parafuso a menos. Porém, pelo contrário, longe estamos aumentando interpretativas que condiz com caldos de garapa. 
Campeamos quase que numa loucura completa para fazer nascer esta amizade que entra em nós, monta seu palco; de um lado está o professor, doutro, o aluno, e entre eles os convidados.
A sintonia vai e volta penetrando na convecção discutida pela vida, quando não, somos pegos chorando pela comunhão de uma oração.  Amo fazer caminhada!
É viandando que aprendo recitar os Salmos, declamar poemas, e quando sobra tempo faço uma conferência, baseando-me em emoções que o passado deixou no lombo e no juízo deste velho amigo... 
Ah! Como gostaria de me ouvir quando estou no silêncio!
Pena! Que quase tudo se esquece, e eu me esqueço, as virgulas autênticas fogem; a minha mais íntima confissão não chega ao confessório.      
Sinto pena em perder o livro que jogo fora quando a caminhada termina. Se tento reescrever não consigo ter de volta a verdadeira peça, então faço plágio. 
É mais ou menos como perder na memória detalhes de um sonho lindo.  


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Amigos para sempre