A minha
arrogância faz de mim uma celebridade. A pretensão colocou-me num supersônico,
e nestes sons imperceptíveis acosto os meus sentidos; vou ouvindo os astros e
seus acontecidos, a gata no cio mia no latifúndio da vontade; Os fiéis cães
ladram como se estivessem participando do andor. Dentro de mim sei que existe
um mundo, e sei que ele é construído conforme os passos dos segundos, e, eles
não acontecem quando eu durmo. A janela da minha alma habita no olhar aberto –
se é lua ou se sol, tudo existe e se harmonizam com o paladar, na verdade é
outra janela no palácio do meu quintal. O Jardim que aqui floreia, ensina-me
sobre as rosas sem nunca deixar de comentar o perfume inquieto que convida as
abelhas; abre-lhes o salão das campinas, serve-lhes as cítricas como também as
telhas para cobrir as colmeias. E assim eu vou me servindo. Um tanto é do que
crio, outros, são palácios dos meus vizinhos. Uma coisa eu descobri: o rompante
de tudo que existe sou eu que cunho! Digo isto por estar do lado de uma cripta,
cuja mamãe dorme desde que lhe fora encerrada a liberdade da sua estrela.
J.VLemes
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