Sinto ser um prisioneiro do
silêncio
Ir para onde? Não sei!
Dizem que o mundo é grande
E por ser tão grande é que
fico perdido.
Tenho medo... perdido
estou,
Enxergo escuros no quarto,
o vazio.
Justo eu que já jurei
sigilo de voz,
Que afiancei o breu
optativo.
E agora!?
Estou cansado das noites
Dos palavreados quietos das
estrelas
Do imensurável cálculo de
pensamentos.
Ainda mais, a imensidão
grita de boca fechada.
E eu ouço, e me aguço no
estertor de fora.
Tenho a afoiteza de olhar a
tristeza da lua.
Faz-me parecer que chora,
ou ao menos,
Há nela um mantra de
purificação.
Até sei que atrás do céu é um lar.
Será isto este estar quieto
Que faz dos pés um piloto
automático!
Os grilos no quintal estão
orando
Sei que eles louvam a Deus
E se louvam, é por estar
esperançosos?
Ou por saber que existem
almas,
A minha alma está apagada
O dispositivo do lume não clareia
Não abre picada na vida
Pressinto-me minúsculo,
perdido...
J.VLemes
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