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terça-feira, 9 de junho de 2015

Cinco

Os sentidos dão para a vida as funções da existência.
Nada teria sentido sem a correspondência do tato.
O olfato explica as essências; a audição é o correspondente entre a alma e o corpo; o paladar é uma fonte geradora que atende as condições dos movimentos.
A visão é uma prova decisiva.
     Todos eles causam encantos que são transferidos para dentro de nós.
Quando ouvimos um passarinho, independente da beleza ou cor, seu canto embeleza os nossos ouvidos. Um sentido aprimora o outro, não deixando desapercebido o corpo, ainda que este, seja cinza, comum para os olhos.
O maior aleijão no ser humano, é ser falho num dos cinco sentidos.

Nossa vida é permeada de fantasias... Carismáticas, Usa a bula dos sentidos...
Manipula ideias impossíveis, algumas sobrevivem, crescem, e até se casam com outras utopias.  Vejam, a comichão da alma não se aquieta e as mãos são inquietas tateando o mundo.
Pode-se dizer que o tato é um sentido circunspecto. Sem ele o chacoalho não faria sentido nos berços, e os ursinhos de pelúcias não teriam sido criados. Não nos bastou estar preso no útero, ter saído para fora; até então os dedos eram bobos, os olhos, analfabetos, a língua simplesmente coabitava abaixo de um céu sem cor. No vindouro, a mesma língua se ativou para reconhecer novos sabores, e, digamos que mesmo ela, só saboreou o leite após tatear os seios.
Quanto aos pés, o que nos faz mapear os caminhos são as suas palmas que carimbam o solo, visto que recebem informações motoras comandando a vontade de ir e vir, e de buscar ocorridos que se ajuntam na história, tornando-nos protagonistas para reavaliar os porquês.
Quando pousamos acordados, a inquisição da existência, leva-nos nas noites, nos empurra sonâmbulos pelos corredores; não mais aquele que nos tirou do ovo. Sim, entre paredes esbarramos os ombros. Na maioria das vezes nos equilibramos nos ares, seguimos. Na frente, pomos as mãos nas massas do trigo, no moinho, cuja arquitetura se cria pelos impulsos dos punhos, e desta forma, os projetos elaborados, usam os remédios das fantasias...


Não sou futurista, e nem precipitado, pois, vivo apaixonadamente o presente,
Por ele ser saliente e gostoso é que não consigo esquece-lo no passado.
Minha saudade não vem do que irá acontecer, muito menos do luto;
vem da semente que ao seu tempo, brota;
Faz endereço na terra, enverdece seus ramos, toma herdades e depois despeja o fruto.
Permite-me subir em seu corpo, tocar-lhe as peças tenras.
Sem nada reclamar, assiste o atrevimento dos lábios em suas polpas.
As estações vão passando, mais lindo vão ficando o vestido de suas copas.
Deitado a sua sombra ponho os ombros aos seus pés,
Que por estarem nus, eriçam o atrevimento,
É como requerimentos, fazendo-me erguer, escalar, voltar,
Fartar-me das primaveras que descem através dos vãos das folhas.
Ah! O que seria do gozo sem a oferta do carpelo que convida os pequeninos voadores para se fartarem de mel; enquanto zunem alegres, levam informações genéticas para o androceu e da mesma forma o bilhete vai de um para outro, bate na porta do Gineceu, que deita a carta em seu colo e geme de prazeres e dores.
Pelo encantamento da paixão no passado, e pelo que me ergue no amanhecer e me traz no decair das noites, é que sinto a doce sorte ao fazer testemunho da rosa.

Talvez para os brutos, este meu sedimento, dê o parecer de borras.... É lastimável quando o amor é curto e não suporta a passagem do inverno. 


J.VLemes

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